MERCADO AGROPECUÁRIO 13/09/2018
Soja fechou em baixa na Cbot
Mesmo com o anúncio de diversas vendas de soja norte-americana ao longo do dia, os preços fecharam em baixa nesta quinta-feira, nos futuros de Chicago. Na sessão anterior, o mercado registrou ganhos mesmo diante dos números negativos apresentados pelo USDA no relatório de oferta e demanda de setembro. Nesta quinta, no entanto, a realidade, que confronta grande oferta com demanda contida, parece ter pesado mais claramente e os preços fecharam no vermelho...
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Milho volta a cair em Chicago
Os preços do milho voltaram a fechar no campo negativo na CBOT, nesta quinta-feira. O mercado seguiu repercutindo a forte elevação das estimativas de produção da safra norte-americana. O relatório de oferta e demanda do USDA, referente ao mês de setembro, previu a safra norte-americana de milho em 376,7MT, ante 370,5MT estimados em agosto. No ano passado a safra alcançou 370,9MT. Os estoques foram majorados para 45,1MT ao final do ciclo 2018/19...
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Suíno vivo permanece estável
Nesta quinta-feira (13), as cotações do suíno vivo se mantiveram estáveis nas principais praças do país, com o maior valor de negociação sendo anotado em São Paulo, a R$3,89/kg. O Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, referente a quarta (12), trouxe um cenário misto, sendo a variação mais expressiva a alta de 0,34% no Rio Grande do Sul, a R$2,97/kg...
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Pouca oferta mantém preços do boi gordo
A alta da cotação da arroba do boi gordo continua e no fechamento de hoje (13/9) subiu em cinco praças. Desde o início da semana tem sido assim, firmeza. No Norte de Minas Gerais, desde do início do mês, a elevação da cotação da arroba foi de 3,1% e está em R$147,50, a prazo, livre de Funrural. Na região de Goiânia-GO, na comparação diária o aumento foi de R$1,00, acréscimo de 0,7%.
Em São Paulo, o preço se manteve estável, frente ao fechamento de ontem, e as escalas de abate atendem no máximo cinco dias. A cotação da arroba da vaca gorda subiu 0,4%. A cotação da carne bovina com osso também continua subindo, o boi casado de animais castrados está cotado em R$9,94/kg, uma alta de 0,3% na comparação diária.
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Câmbio impulsiona venda de safras futuras
As vendas antecipadas de soja e milho da safra que vai ser colhida somente no ano que vem no Brasil, que estavam lentas em meio a preocupações com custos adicionais da tabela do frete, ganharam ritmo com dólar superando 4 reais ao final de agosto, segundo especialistas.
Com o câmbio em patamares históricos diante de preocupações eleitorais, o preço dessas commodities se fortalece em reais, incentivando aqueles produtores que conseguem negociar suas colheitas na moeda brasileira, um fator importante para investimentos na próxima safra 2018/19...
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O que trava o feijão no Brasil
Na visão do presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses (Ibrafe), Marcelo Lüders, o Brasil teria um grande potencial no mercado de feijão se fossem combatidos os principais entraves para a cultura no País. O Portal Agrolink alinha os principais obstáculos: pirataria de sementes, a falta mercado internacional, burocracia e a inércia do poder público.
"Pirataria de sementes desestimula investimento privado no setor. O ministério da agricultura alega que não tem servidores suficientes para fiscalizar e ao mesmo tempo não evolui em parcerias com o setor privado para cuidar deste tema. Sem segurança de retorno financeiro ninguém investe, e agora com o Estado brasileiro depauperado não vemos um cenário promissor se não houver uma forte mudança neste setor", aponta Lüders...
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Resistência de plantas daninhas preocupa
A situação atual da resistência de plantas daninhas a herbicidas nos diversos sistemas de produção do País foi retratada pelo pesquisador Décio Karam, da Embrapa Milho e Sorgo, durante o XXXII Congresso Nacional de Milho e Sorgo. Hoje, no Brasil, segundo o pesquisador, há 28 espécies de plantas daninhas resistentes a herbicidas, em diferentes níveis, e cerca de 50 relatos de resistência feitos por produtores em diversas regiões brasileiras.
Nesse cenário que compromete a eficiência produtiva da agricultura brasileira, as perdas econômicas alcançam patamares de R$ 9 bilhões, segundo Karam. "A estimativa do custo de resistência, apenas na área de soja no Brasil, está entre R$ 3,7 bilhões e R$ 6 bilhões, somente computando os gastos para o manejo das espécies resistentes. Porém, quando se insere uma perda de 5% devido à competição imposta por essas plantas, os custos chegam a até R$ 9 bilhões", revela o pesquisador...
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