A corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público, o órgão que fiscaliza e controla as atividades de procuradores e promotores, deve apurar eventuais irregularidades na atuação de alguns deles contra políticos que disputam a campanha eleitoral, segundo publicou nesta quarta-feira a jornalista Mônica Bergamo, colunista da Folha de S. Paulo.

De acordo com a notícia, em um memorando encaminhado ao órgão, Luiz Fernando Bandeira de Mello, conselheiro do CNMP, cita diretamente as ações propostas contra os presidenciáveis Fernando Haddad e Geraldo Alckmin e a prisão do ex-governador Beto Richa.

Mello quer que sejam analisados "o tempo decorrido entre a suposta prática dos crimes delituosos e a propositura das ações", para saber se elas foram aceleradas para causar "eventual impacto nas eleições".
No pedido de averiguação, o conselheiro diz ser "evidente" que um promotor deve ajuizar uma ação se ela, "por acaso", estiver concluída "à época da eleição". "Mas também não pode reativar um inquérito que dormiu por meses ou praticar atos em atropelo apenas com o objetivo de ganhar os holofotes durante o período eleitoral", afirma. (Foto: Gazeta do Povo)