Mourão prega carga tributária menor e mais incentivo ao empreendedorismo
Em palestra para uma atenta e seleta plateia, formada basicamente por empresários, o general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, tratou nesta manhã, na Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), basicamente da elevada carga tributária e do importante papel do Estado para desburocratizar, simplificar e desenvolver meios de estimular o empreendedorismo.
Segundo ele, o mundo vive em clima de instabilidade e de competição acirradas, onde as novas tecnologias alteram profundamente a forma e o estilo de vida das pessoas. "O volume de informações é tão grande que muitas vezes é difícil de assimilar e processar. Mas esse é o novo mundo em que vivemos e precisamos nos adaptar, inclusive os homens públicos e o governo", disse, ressaltando que o Brasil é um país excessivamente regulamentado e isso dificulta a abertura de empresas e retarda o processo de modernização da economia.
Lembrando que o Brasil chegou ao seu quinto ano com déficit, ele defendeu a solução do problema das contas públicas como primeiro passo para a retomada do crescimento. "Deve-se gastar de acordo com o que se arrecada, ajustando a máquina para evitar desperdícios e outras formas de perdas que custam caro à sociedade", observou.
INTERVENÇÃO
Questionado em entrevista coletiva sobre a defesa de alguns em torno de uma intervenção militar, Hamilton Mourão disse que o Brasil é um país democrático e que esse regime derrotou vários desafios ao longo dos anos. "Mas o mundo mudou e ainda vai mudar muito e não há espaço para intervenção", sentenciou. Também citou a contribuição de operações como a Lava Jato, dentre outras, que ampliam investigações e expõem a todos uma forma de fazer política equivocada e que faz mal ao País.
O candidato falou também do atentado a Bolsonaro e da falta que ele fará nesta reta final da campanha, bem como a suspeita sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. Mourão disse que compete aos partidos fiscalizar, entretanto reconheceu que não há, no atual processo eleitoral, nenhuma forma de auditoria, o que prejudica a transparência necessária. (Foto: Assessoria Acic)