Marcos Vinícius diz que Unioeste virou "cabide" e condena privilégios
Candidato do PSB à Câmara Federal, Marcos Vinícius Pires de Souza participou de encontro com empresários na manhã desta quarta-feira, na Acic, e fez duras críticas ao atual regime político brasileiro, no qual os três poderes se protegem para assegurar as benesses que tão caro custam à sociedade e condenam o País ao atraso. "É preciso acabar com os privilégios, porque senão o Brasil seguirá, como já ocorre, na contramão do mundo", sustentou.
Segundo ele, os diferentes poderes da República, que deveriam defender os interesses da comunidade e incentivar o empreendedorismo, gerando empregos e oportunidades, se preocupam apenas com os privilégios somados ao longo de décadas. "Enquanto o País atravessa sua mais dura crise, Brasília segue como uma corte distante da realidade. O elevado número de servidores públicos e os benefícios absurdos garantidos a alguns, como o auxílio-moradia vitalício, precisam ser decididamente combatidos".
Somente com renovação é possível enfrentar isso, afirmou o candidato. Ele citou o caso da Unioeste, instituição da qual foi reitor. "Ela foi criada para ser um centro de ensino de qualidade e não um cabide de empregos como se vê agora. E muitos cargos em comissão têm indicação política, desvirtuando completamente a missão de uma instituição tão sonhada e que envolveu toda a região em uma luta de décadas".
Marcos Vinícius disse que é a favor da universidade pública, mas não gratuita. "O que se vê na Unioeste são pessoas bem financeiramente, que estudam sem pagar. Enquanto que outras, sem condições, trabalham e pagam sua graduação em instituições privadas. Vou propor um sistema de bolsas, que permita mais justiça comparativamente ao que ocorre hoje". Também segundo ele, as benesses na esfera pública provocam outros sintomas graves.
Marcos Vinícius também falou ao empresariado sobre obras importantes para Cascavel e o Oeste do Paraná, como o Aeroporto Regional e duplicações rodoviárias e garantiu que se negou a aceitar dinheiro do partido para financiar a sua campanha. "Se eu aceitasse, como chegaria em Brasília com o discurso de querer mudar os absurdos que lá ocorrem, principalmente no que se refere ao mau uso do dinheiro do contribuinte?", questionou. (Foto: Assessoria Acic)