Prisão de Beto Richa muda retrato da eleição no Paraná
É mais que concreto o risco de terminar em frustração o projeto de Beto Richa de virar senador tal qual o pai José Richa, um dos principais líderes do processo de redemocratização do Brasil.
É que o ex-governador e candidato do PSDB ao Senado foi preso na manhã desta terça-feira juntamente com a esposa, a ex-primeira-dama Fernanda Richa, o jornalista Deonilson Roldo (um de seus principais auxiliares tanto na Prefeitura de Curitiba quanto no Palácio Iguaçu), o irmão e ex-secretário estadual Pepe Richa, os também ex-secretários Edson Casagrande e Ezequias Moreira e os empresários Celso Frare e Luiz Abi Antoun, este último de Londrina.
Também foi expedido mandado de prisão contra o empresário Joel Malucelli, sogro do candidato a governador João Arruda, além de outras pessoas supostamente implicadas em crimes contra o patrimônio público.
Com exceção de Roldo, todos foram presos temporariamente (por cinco dias, a princípio) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) como consequência de investigação do Gaeco que apura suposto desvio de recursos investidos no programa Patrulha Rural e cujos detalhes são ainda desconhecidos da imprensa porque o caso corre em segredo de Justiça.
LAVA JATO
Deonilson Roldo foi preso dentro da 53ª fase da Lava Jato, chamada Operação Piloto e que levou ao cumprimento de mandatos de busca e apreensão também na residência de Beto e Fernanda e no escritório político do ex-governador. Essa ação apura suposto pagamento de R$ 4 milhões pela Odebrecht para a campanha eleitoral de 2014, dentro de um entendimento firmado para execução de obras de duplicação rodoviária que sequer saíram do papel. (Foto: DCM)