Luto: Vaticano anuncia morte do papa Francisco, aos 88 anos
"Queridos irmãos e irmãs, com profunda tristeza devo anunciar a morte de nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã, o bispo de Roma, Francisco, voltou para a casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo de verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, encomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino".
Esta é a íntegra da nota emitida no amanhecer desta segunda-feira (21) e assinada pelo cardeal Kevin Josepgh Farrell, presidente da Suprema Corte do Vaticano, ou seja, o chefe da cúria romana na ausência do papa. O comunicado repercutiu imediatamente no mundo todo e não chegou a ser uma grande surpresa, na medida em que o Sumo Pontífice, que tinha 88 ano, seguia apresentando sérias sequelas da doença no pulmão que o manteve internado recentemente, por um período considerável.
Argentino de Buenos Aires (17 de dezembro de 1936) e batizado com o nome de Jorge Mario Bergoglio, Francisco foi o primeiro papa jesuíta e latino-americano da história e comandou a Igreja Católica em um período de grandes transformações, o que o levou a ter de enfrentar desafetos internos e externos. Seu papado foi caracterizado principalmente pela defesa dos imigrantes, pela luta contra as desigualdades e por um chamado urgente para a preservação do meio ambiente.
À frente da Igreja por quase 12 anos, Francisco foi o papa número 266 da história e de fevereiro para cá permaneceu internado por cerca de 40 dias com quadro de bronquite. Sua derradeira aparição em público foi no Domingo de Páscoa (20), quando deu a benção "Urbi et Orbi" (para a cidade e o mundo) e pediu um cessar-fogo na Faixa de Gaza, mas por meio de mensagem lida por um assessor, já que estava muito fraco. O falecimento aconteceu menos de 24 horas mais tarde.
SUCESSÃO
Com a morte de Francisco, começam as especulações em torno da escolha do novo papa. E o brasileiro Dom Odilo Scherer aparece uma vez mais entre os nomes cogitados, ao lado de Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo), Anders Arborelius (Suécia), Jean-Marc Aveline (França), Angelo Bagnasco (Itália), Charles Maung Bo (Mianmar), Stephen Brislin (África do Sul), Raymond Leo Burke (Estados Unidos), Willem Jacobus Eijk (Holanda), Péter Erdo (Hungria), Fernando Filoni (Itália), Kurt Koch (Suíça), Gerhard Ludwig Müller (Alemanha), Marc Ouellet (Canadá), Pietro Parolin (Itália), Mauro Piacenza (Itália), Pierbattista Pizzaballa (Palestina), Albert Malcolm Ranjith Patabendige Don (Sri Lanka), Robert Sarah (Guiné), Daniel Fernando Sturla (Uruguai), Luis Antonio Gokim Tagle (Filipinas), José Tolentino de Mendonça (Portugal), Matteo Maria Zuppi (Itália). (Foto: Reprodução Instagram)