Acaba de ser sancionada e publicada a Lei nº 22.360/2025, de autoria do deputado Anibelli Neto, que reconhece oficialmente Nossa Senhora do Rocio como Padroeira do Estado do Paraná e inclui o dia dedicado a ela (15 de novembro) no Calendário Oficial de Eventos do Estado. A iniciativa foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Paraná e contou com o apoio do deputado Evandro Araújo, coautor do projeto.

O culto em torno de Nossa Senhora do Rocio tem origens datadas de 1648, sendo uma das devoções mais antigas do Brasil. Em 1977 o Paraná se tornou o primeiro único estado brasileiro a ter uma padroeira reconhecida oficialmente pelo Vaticano, por meio do Papa Paulo VI, o que durou por longo tempo. Desde então a data vem sendo celebrada religiosamente, mas a ausência de uma legislação civil deixava essa devoção sem respaldo legal no âmbito estadual.

Com a sanção da nova lei, o reconhecimento de Nossa Senhora do Rocio como Padroeira do Paraná passa a ser consolidado não apenas do ponto de vista religioso, mas também no plano civil, representando um marco histórico para os paranaenses.

"É uma reparação histórica com a fé do povo do nosso estado. Há décadas a devoção a Nossa Senhora do Rocio é celebrada com intensidade, especialmente em Paranaguá, cidade sede do Santuário Estadual dedicado a Santa, e agora essa fé passa a ter reconhecimento oficial e legal no âmbito do Estado", afirmou o deputado Anibelli Neto.

A Festa de Nossa Senhora do Rocio, que neste ano chega à sua 212ª edição, é considerada a maior manifestação religiosa dos estados do Sul e a quarta maior do Brasil, reunindo milhares de fiéis em uma programação que inclui missas, romarias, shows e a tradicional Procissão Solene pelas ruas de Paranaguá.

ORIGEM

Nossa Senhora do Rocio ("Roscivum" em latim, que significa orvalho) tem uma ligação profunda de fé e devoção com o povo paranaense e remonta ao século XVII, quando uma imagem dela foi encontrada às margens da Baía de Paranaguá ao amanhecer.

A tradição conta que pescadores locais descobriram a imagem preservada milagrosamente nas redes de pesca e o acontecimento se espalhou rapidamente entre a população. Em 1977 o Papa Paulo VI a reconheceu como santa e desde quentão a devoção a ela só aumentou.(Foto: Roberto Dziura Jr. AEN)