Quando a teoria é um tiro no pé
Pretensos gênios da teoria estão botando terror nas redes sociais para confrontar a política municipal de enfrentamento do gravíssimo problema das drogas em Cascavel, que tem feito crescer sobremaneira o número de furtos/roubos e até de homicídios. Exibindo um nível de desinformação gritante, alguns ousam dizer até que intensificar o policiamento nas ruas é criminalizar os menos favorecidos e não resolve nada, como se o problema não fosse afeto à segurança pública.
Desconhecem eles que Cascavel tem algo em torno de 3.500 pessoas de rua, mais que a população inteira de cada uma das quase 50 menores cidades do Estado, e que entre elas estão infiltrados criminosos de toda ordem. Não à toa, vira e mexe alguém desse público se envolve em crime de morte, seja como vítima, seja como executor, o que joga por terra a tese de que o problema é passível de solução apenas com uma ação psicossocial.
O orçamento de 2025 da Prefeitura apenas para garantir internações de dependentes químicos chega a R$ 2 milhões e a cidade conta com ao menos cinco clínicas especializadas nesse tipo de atendimento, mas se formos contar apenas com a internação voluntária elas passarão o ano praticamente vazias. A legislação vigente, a propósito, prevê que a internação compulsória pode ser solicitada por familiares e responsáveis legais, além de servidores e órgãos públicos.
Mas há algo ainda mais importante: os criminosos infiltrados, via de regra também dependentes químicos, precisam ser tirados das ruas e entregues aos cuidados dos órgãos da segurança pública e do Poder Judiciário, pois sem isso o problema não será sequer minimizado. E se alguém acha que isso é pedir demais, que leve esse tipo de infrator para a própria casa e experimente doutriná-lo apenas com conselho e pão de ló. (Foto: Arquivo Secom/PMC)