Câmara reconhece erro e pede desculpas a Fiep e Vasconcelos
Adalberto Araújo (Republicanos), que é o atual presidente da Câmara de Paranaguá, pediu desculpas formais à Fiep (Federação das Indústrias do Paraná) e em especial ao seu presidente, o empresário cascavelense Edson Vasconcelos, após reconhecer que aquela Casa foi induzida a erro pelo também vereador Luiz Maranhão (PL) em uma votação que resultou na aprovação de uma moção de repúdio sem qualquer fundamento.
Na retratação, feita também em vídeo divulgado nas redes sociais, Araújo reconhece que ele os demais vereadores foram levados a tomar uma decisão sem respaldo técnico e sem apuração adequada, fato que ressalta o risco grave que a falta de apuração adequada de um fato representa à integridade do debate público e às relações institucionais que são fundamentais para o desenvolvimento do Estado.
Durante a sessão de segunda-feira da semana passada, a Câmara havia aprovado um voto de repúdio a declarações de Vasconcelos supostamente depreciativas a Paranaguá e seu porto durante 1º Encontro Regional do Plano Nacional de Logística 2050, o que na verdade não ocorreu.
No pedido de desculpas gravado, Adalberto Araújo inclui um vídeo com as falas de Vasconcelos. Na gravação, o presidente da Fiep comenta o problema de logística que atinge o litoral dos três estados da Região Sul e que era tema do encontro e diz que "Santa Catarina vive um colapso total", mas em momento algum critica o Porto de Paranaguá, que é o segundo maior do Brasil e tem recebido investimentos pesados nos últimos anos.
A Fiep é uma entidade representativa de 76 mil empresas que atua historicamente na formulação de diagnósticos e propostas em prol da indústria, da infraestrutura e da competitividade econômica do Paraná, e qualquer tentativa de romper esse diálogo com base em distorções e interesses políticos imediatistas não tem qualquer fundamento defensável.
O pedido de desculpas do presidente da Câmara foi um passo importante para restaurar a verdade e resgatar a credibilidade do Legislativo municipal parnanguara. No entanto, acende um alerta: o de que a manipulação de processos legislativos por interesses políticos ou pessoais mina a confiança da sociedade e fragiliza o debate sobre temas estratégicos para o Paraná. (Foto: Divulgação Fiep)