O trabalho de gestão ambiental no Paraná passou a contar nesta semana com um sistema de informação geográfica capaz de unir bancos de dados de diversas entidades públicas e privadas aliados aos mais diversos mapeamentos e imagens de satélite. Chamada de GeoSGA, a nova ferramenta está inserida no SGA (Sistema de Gestão Ambiental), que já vinha sendo utilizado testado pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná) em alguns municípios.

 O objetivo do novo sistema, desenvolvido por IAP e Celepar, é facilitar o cruzamento de informações georreferenciadas que servem como base de apoio para os trabalhos de licenciamento, monitoramento e fiscalização ambiental. Com imagens de satélites, ele reúne o máximo de informações possíveis de todas as plataformas usadas pelos órgãos estaduais, como IAP, Polícia Militar, Copel e Sanepar.

O presidente do IAP, Paulino Mexia, explica que com o GeoSGA técnicos e fiscais do IAP poderão ter acesso a dados das áreas e empreendimentos em que estão trabalhando de maneira mais completa. "Será possível verificar, por exemplo, se a área já possui algum tipo de licenciamento, se já foi objeto de auto de infração, quais atividades já foram licenciadas no local e os boletins de ocorrência registrados pela polícia ambiental", destaca.

 Uma das principais integrações feitas na ferramenta foi com o SiCAR (Sistema do Cadastro Ambiental Rural), que passa a ser utilizado para o licenciamento ambiental com dados georreferenciados. "Com a disponibilidade do banco de dados do CAR no Paraná teremos melhores condições técnicas para dar celeridade à análise das solicitações ambientais. Essa integração resultará em um grande salto para a conservação do meio ambiente", diz o diretor de Restauração e Monitoramento Florestal do IAP, Francelo Mognon.

Além dos pontos em que foram lavrados autos de infração, no GeoSGA estão inseridos dados sobre as Unidades de Conservação Federais e Estaduais, rodovias, nascentes, mananciais de abastecimento, linhas de transmissão, empreendimentos licenciados, locais em que a pesca é proibida e boletins de ocorrência registrados na Polícia Ambiental.

"É uma ferramenta que está em constante atualização com a inserção de novas camadas de informações e dados de diversos órgãos. É um mapa interativo com as características mais importantes para melhorar a eficiência da gestão do Estado", explica o diretor de Proteção e Emergências Ambientais do IAP, José Roberto Behrend.

TREINAMENTOS

Servidores do IAP, dos municípios e dos órgãos públicos de fiscalização, como o Ministério Público, já têm acesso à ferramenta. A partir de agora serão agendados treinamentos e capacitações para que as informações compartilhadas possam ser utilizadas da melhor maneira possível. (Foto: Arquivo IAP)