A dança das cadeiras
Reportagem desta semana do jornalista Rodolfo Luís Kowalski para o portal Bem Paraná trouxe em detalhes um fenômeno que tem se repetido cada vez com maior frequência e intensidade na política paranaense: a chamada dança das cadeiras envolvendo os integrantes da Assembleia Legislativa e também da bancada federal.
Neste exato momento, 11 deputados estaduais e federais eleitos em 2022 não estão mais no Parlamento, ou seja, deixaram de exercer os mandatos para os quais foram eleitos por diferentes razões.
Dos 84 deputados (54 estaduais e 30 federais), Beto Preto, Leandre Dalponte, Sandro Alex, Márcio Nunes e Do Carmo estão integrando o secretariado de Ratinho Junior, Ênio Verri renunciou para ser diretor da Itaipu, Gleisi Hoffmann se licenciou para virar ministra do Governo Lula e Deltan Dallagnol foi cassado.
Já Tiago Amaral, Marcel Micheletto e Douglas Fabrício renunciaram por terem sido eleitos prefeitos de Londrina, Assis Chateaubriand e Campo Mourão, respectivamente. Outros três (Marcelo Rangel, Mauro Moraes e Ricardo Barros) se licenciaram para assumir cargos no secretariado, mas já retomaram seus mandatos. E Geraldo Mendes também se licenciou para disputar a Prefeitura de São José dos Pinhais e depois retomou a lida parlamentar.
Em determinados casos isso é perfeitamente compreensível, pois todo governo precisa de bons quadros, mas nessa intensidade toda deixa o eleitor ainda mais na dúvida sobre como escolher um candidato na certeza de que, se eleito, ele irá cumprir o mandato e honrar os compromissos assumidos na campanha. (Foto: Pedro de Oliveira/Alep)