Exército avalia ataque a Bolsonaro e presidenciáveis cancelam agenda
O ataque a Jair Bolsonaro, ferido com uma facada no abdômen na tarde desta quinta-feira, em Minas Gerais, desencadeou uma série de outros acontecimentos importantes dentro da corrida presidencial.
A primeira delas foi uma reunião do alto comando do Exército, feita por videoconferência e na qual se discutiu não só o atentado em si, mas também seus possíveis desdobramentos.
Segundo a assessoria do próprio Exército, a reunião já estava prevista, mas a pauta é que teve de ser alterada de última hora. Detalhes da conversa não vazaram.
Já os candidatos Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva, adversários de Bolsonaro, cancelaram todos os compromissos previstos para esta quinta à noite, bem como para o feriado desta sexta-feira, não só em solidariedade ao oponente como também para manifestar sua preocupação com os rumos da disputa.
SEGURANÇA
Cada candidato a presidente da República tem direito a uma equipe de segurança de 21 policiais federais especializados em dar proteção a autoridades, mas depois do atentado a Bolsonaro o presidente Michel Temer determinou que o esquema de segurança seja reforçado. O contingente adicional, no entanto, só será liberado na medida em que for solicitado por cada candidato.
COLOSTOMIA
Ao todo, dez médicos participaram do procedimento a que Jair Bolsonaro foi submetido na Santa Casa de Juiz de Fora, pois o caso se revelou mais complicado que o estimado inicialmente. Dado à gravidade dos ferimentos, o candidato teve de ser submetido a uma colostomia para instalação de uma bolsa intestinal fora do abdômen e deverá ficar de uma semana a dez dias internado. E há pouco a PF informou que um segundo homem suspeito de participar do atentado foi preso agora à noite.