Professores deixam as salas de aula para pressionar vereadores
O clima esteve tenso durante a sessão do fim da manhã desta segunda-feira (31) da Câmara de Cascavel, com um grupo de professores abandonando as salas de aula e indo até o Legislativo pressionar pela rejeição do projeto de lei oriundo do Poder Executivo revogando Lei Municipal nº 4.958, vigente desde setembro de 2008 e que fixa o número máximo de alunos por sala de aula da rede municipal de ensino.
Mesmo divididos, os professores lotaram o espaço disponível para o público no auditório da Câmara e deixaram o seu protesto, que na verdade de pouco valeu já que o projeto acabou aprovado em primeiro turno por 16 votos a 6, mesmo placar com o qual minutos antes havia sido rejeitado o pedido do vereador Dr. Lauri para adiamento da votação, com encaminhamento pela desaprovação do vereador João Diego.
Agora aliado da oposição, o ex-presidente Alécio Espínola votou contra o projeto do Executivo juntamente com Bia Alcântara, Dr. Lauri, Edson Souza, Policial Madril e Valdecir Alcântara. Favoravelmente votaram os vereadores Antonio Marcos, Aldonir Cabral, Cidão da Telepar, Cleverson Sibulski, Sidnei Mazutti, Everton Guimarães, Fão do Bolsonaro, Hudson Moreschi Jr, João Diego, Mauri Schaffer, Rondinelle Batista, Sadi Kisiel, Serginho Ribeiro e José
O que mais chamou atenção durante a sessão foi o posicionamento diverso dos dois sindicatos que representam os professores municipais de Cascavel.
O presidente do Sismuvel, Ricieri D’Estefani Jr, deixou claro que a entidade pediu à administração o encaminhamento do referido projeto por considerá-lo necessário e para que a questão em pauta seja definida democraticamente pelo Conselho Municipal de Educação, que é um órgão deliberativo e reúne todos os segmentos envolvidos na educação.
Por sua vez, e apresentando entre as alegações a falta de servidores - embora centenas deles estejam sendo nomeados por esses dias -, a presidente do Siprovel, Gislaine Peiter, comandou a manifestação dos educadores contrários ao projeto sob alegação de que a lei que está sendo revogada deveria persistir.
ORÇAMENTO
Os vereadores também aprovaram na sessão desta segunda-feira, mas de forma unânime, o projeto com adequações no Orçamento Municipal a fim de remanejar os recursos necessários ao atendimento das emendas impositivas apresentadas pelos próprios vereadores.
A medida visa permitir que secretarias e demais órgãos da administração possam executar seus programas e políticas públicas de acordo com o planejamento plurianual estabelecido para o período de 2022 a 2025. Foto: Ado Jr)