Cascavel une forças na luta contra problemática dos moradores de rua
Representantes das entidades do G8, vereadores, administração municipal e forças policiais estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira (28), na Acic, para conversar com vistas à busca de uma solução aos excessos praticados por moradores em situação de rua em Cascavel. Nesta semana, um jovem foi assassinado por um morador com várias passagens criminais, inclusive por homicídio, e que em função da legislação em vigor está em liberdade.
Uma das iniciativas em desenvolvimento pela Prefeitura, com apoio das entidades, é uma campanha destinada a conscientizar a população a evitar de dar esmolas. O secretário municipal de Segurança Pública, coronel Lee, apresentou uma informação que indignou os presentes: "Tem morador de rua em Cascavel que chega a faturar R$ 8 mil por mês, dinheiro que alimenta o tráfico e as mais diversas formas de violência". Atacar a esmola é uma das maneiras de desestimular a escolha por viver nessa situação.
O vereador Serginho Ribeiro disse que inúmeras alternativas passam a ser aprofundadas para enfrentar o problema. Uma delas é a possibilidade de implantar a internação involuntária, a exemplo do que já existe em outras cidades. O secretário de Cidadania, Proteção à Mulher e Políticas Sobre Drogas, Marcelo José da Silva, afirmou que, por meio do projeto Resgate, recentemente lançado, a administração pública passa a disponibilizar somas ao internamento de pessoas que precisam de tratamento.
Hudson Moreschi, atual vereador e ex-secretário de Assistência Social, reconheceu que o problema é complexo, mas lembrou que, apenas em 2024, 3,5 mil pessoas diferentes passaram pelo Centro Pop, em Cascavel, e a grande maioria delas de moradores em situação de rua.
O presidente do Conseg, Sergio Leonardo Gomes, e o presidente da Sociedade Rural do Oeste, Devair Bertolato, consensuaram que é urgente mudar a lei, que garante direitos em excesso e praticamente nenhum dever a pessoas em situação de rua no Brasil. "Eles têm sim direitos, que precisam ser respeitados, mas esses não podem sobrepor o direito do coletivo", acentuou Leonardo. Coronel Lee afirmou que há duas situações para cenários como esse, pela Justiça ou pela saúde e ele entende que a segunda opção é mais rápida e eficiente. (Foto: Divulgação)