Certa feita o ator e musicista Alexandre Nero, um dos maiores nomes da arte brasileira na atualidade, opinou que o fascismo é a "cara da classe média curitibana". Foi uma atitude nada simpática, convenhamos, mas apenas uma opinião jogada ao vento, coisa que cada um de nós faz todos os dias sobre os mais diferentes assuntos e do que, às vezes, acabamos nos arrependendo por conta da consciência de que foi um ato falho, ou pura e simplesmente da repercussão.

Em Curitiba, a Câmara Municipal iria conceder a ele o título de Vulto Emérito, maior comenda dada a alguém nascido na cidade, mas não vai mais apenas por causa disso. A proposição era da vereadora Giorgia Prates e a rejeição foi liderada pelo vereador João Bettega, bastante chegado a uma polêmica e que, por sinal, responde a sindicância interna e a processo movido pelo ex-prefeito Rafael Greca justamente por, ao menos aparentemente, ter falado o que não deveria.

Além da proponente, apenas outros seis vereadores votaram favoravelmente à proposição da homenagem ao consagrado ator, que certamente eleva o nome da capital de todos os paranaenses a um patamar muito mais alto que qualquer legislador municipal não só por seu desempenho sobretudo na televisão, mas também por já ter feito várias coisas importantes para os curitibanos na área onde é reconhecidamente um grande mestre.

Se morasse no interior, talvez o nobre vereador desse certa razão ao consagrado ator. (Foto: Divulgação TV Globo)