Luz e água voltam a causar pesadelo aos paranaenses
Dois temas têm sido bastante recorrentes no Paraná já há um bom tempo, sem que soluções sejam apresentadas pelas duas principais estatais do Estado: Copel e Sanepar.
A grande polêmica do momento, ao menos na região de Cascavel, são os altos valores que estão sendo cobrados pela energia elétrica desde o início da instalação dos medidores inteligentes, com os consumidores reclamando de reajustes exorbitantes.
Um exemplo disso é o ex-secretário municipal Gelson Uecker, que viu a conta de sua casa saltar de menos de R$ 100 para em torno de R$ 500 mesmo com ela estando desocupada e colocada à venda.
O tema chegou à Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara de Vereadores, que já convocou uma audiência pública para o próximo dia 27 para tratar do tema. Os vereadores Everton Guimarães, Contador Mazutti e Dr. Lauri, integrantes da comissão, querem cobrar da Copel os devidos esclarecimentos não só sobre esse tema, mas também sobre as seguidas quedas de energia no interior do Município.
ÁGUA TAMBÉM
Mas a luz está distante de ser a única grande dor de cabeça dos consumidores paranaenses, que têm reclamado sistematicamente também da falta de água não só em Cascavel e outras cidades do interior, mas também em Curitiba.
"A água é essencial para a vida, para a humanidade e para a existência dos seres. Hoje, enfrentamos um problema grave que já afeta milhares de paranaenses. A Sanepar enfrenta grandes dificuldades para apresentar soluções", declarou da tribuna da Assembleia Legislativa o deputado petista Arilson Chiorato.
Ele lembrou que em Ponta Grossa, a Câmara local até abriu uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os problemas recorrentes no abastecimento da cidade. "A gente precisa sentar com a direção da Sanepar e descobrir o que aconteceu no Estado. Não se trata de uma única região afetada, são várias. Então, o problema muito provavelmente é de gestão, de infraestrutura e logística", acrescentou Chiorato.
A Sanepar atribui o problema à escassez de chuva e também aos constantes rompimentos na rede de distribuição, que em muitos locais já é bastante antiga, mas não consegue solucionar o problema. (Imagem: Reprodução)