Energia gerada no Oeste do PR salva sistema elétrico brasileiro
As fortes ondas de calor que atingiram o Brasil nos meses de janeiro e fevereiro aumentaram sobremaneira a demanda por energia no País. Houve uma sequência de quebras de recorde de consumo ao longo do bimestre, a última delas observada próximo das 14h30 do dia 26 de fevereiro, quando o consumo atingiu a marca de 106.532 MW.
E só não houve problema no abastecimento porque a Itaipu Binacional, localizada no Oeste paranaense, cumpriu o papel para a qual foi construída e fechou o bimestre com uma produção de 13,8 milhões de MWh, quantidade 2,5% superior quando comparada com o primeiro bimestre do ano passado e suficiente para suprir o mundo por 5 horas, o Brasil por 8 dias e o Paraguai por 7,5 meses.
Isso não chega a ser novidade para ninguém, mas é preciso ser reiterado sempre que possível para lembrar aos brasileiros em geral que o Paraná se tornou o maior gerador de energia elétrica do País à custa de uma perda substancial de território que precisa ser compensada, por isso é mais do que justo o investimento que Itaipu realiza em obras de infraestrutura hoje espalhadas por todo o Estado.
"A produção foi maior mesmo com o ano de 2025 tendo tido um dia a menos em fevereiro, o que corrobora a relevância de Itaipu e a capacidade da usina de apoiar prontamente o atendimento da carga dos dois sistemas quando demandada, contribuindo para uma maior segurança operacional, principalmente em momentos de mais necessidade como na atual onda de calor", destacou o diretor-geral brasileiro Enio Verri.
Já o diretor técnico executivo Renato Sacramento explicou que em períodos de alto consumo como esse a contribuição de Itaipu (assim como das demais hidrelétricas) se torna ainda mais relevante para a manutenção da estabilidade e confiabilidade do sistema elétrico, principalmente no fim da tarde, quando a demanda sofre uma verdadeira explosão e exige um aumento repentino e substancial na produção. (Foto: William Brisida/Itaipu)