Preços atrativos animam agricultores paranaenses
Um cenário positivo começa a se desenhar para a safra de verão do Paraná, cujos produtores vivem a expectativa de obter ganhos acima da média em decorrência da valorização internacional das commodities, um cenário que se repete quando o assunto é a produção de proteína animal conforme projeções feitas no Boletim de Conjuntura Agropecuária do Deral relativo à semana de 28 de fevereiro a 6 de março.
Principais produtos da safra de verão, a soja e milho têm grandes possibilidades de garantir mais renda ao produtor. No caso da soja, fevereiro fechou em R$ 119,44 a saca de 60 quilos para o mercado interno, valor 15% superior aos R$ 103,85 do mesmo mês de 2024.
Para o milho, o cenário é ainda mais favorável, com a saca foi cotada a R$ 63,51 no último mês no mercado doméstico, valor 31% superior aos R$ 48,44 de fevereiro do ano passado. No mercado internacional, em razão da desvalorização do real frente ao dólar, o preço da soja caiu, enquanto o do milho permanece estável.
O preço médio pago ao produtor pelo suíno vivo em 2024 foi de R$ 6,47, um aumento de 3,4% em relação ao ano anterior, o que equivale a R$ 0,21 a mais por quilo. Em dezembro o preço alcançou R$ 7,28, o maior valor nominal desde o início da série histórica, em 1995. Depois disso o preço caiu, mas no mês passado o suinocultor recebeu em média R$ 6,98 por quilo, um incremento de R$ 0,22 sobre o preço de janeiro.
O produtor de leite do Paraná recebeu 22,6% a mais por litro, em média, durante fevereiro de 2025, comparado com o mesmo mês em 2024. Foram R$ 2,74 por litro contra R$ 2,23. Na relação de troca com o milho, há estabilidade. O produtor precisa de 26,6 litros de leite para comprar uma saca de 60 quilos do cereal. No ano passado precisava de 26,9 litros.
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PLANO SAFRA
Por outro lado, o Paraná enviou ao Ministério da Agricultura sugestão para que o Plano Safra 2025/2026 seja de R$ 597,1 bilhões para cobrir as necessidades de crédito, investimentos e garantia aos produtores. Para a safra que se encerra em junho deste ano, o volume liberado pelo governo federal foi de R$ 475,5 bilhões.
Os agricultores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) teriam acesso a R$ 90 bilhões, os do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) poderiam dispor de R$ 86 bilhões, e os restantes R$ 421 bilhões iriam para os demais agricultores. (Foto: Gilson Abreu/AENPR)