A revitalização da Avenida Carlos Gomes, via que liga o centro de Cascavel ao campus da Unioeste, já teve 77,6% dos serviços executados, mas não ficará pronta dentro do prazo estimado. Um tempo extra será necessário para execução de uma etapa que não estava prevista no projeto original a fim de resolver um problema que se tornou bem visível durante a recente chuvarada que atingiu a cidade.

"A drenagem é uma questão que vai precisar ser reconsiderada", revelou o secretário Sandro Rocha durante reunião convocada pela Comissão de Obras da Câmara e realizada nesta quarta-feira (26), estimando que seja necessário um investimento adicional da ordem de R$ 5 milhões para resolver a questão por conta da falta de vazão adequada das águas pluviais nas ruas adjacentes, o que levou a um grande acúmulo de água na avenida durante a semana passada.

A referida comissão, integrada pelos vereadores Cidão da Telepar, Edson Souza e Sadi Kisiel, discutiu o assunto em detalhes com representantes da empreiteira vencedora da licitação, administração municipal, Crea, Acic, Observatório Social e Sintrivel e outros setores.

"Nós queremos saber se existiram erros na etapa de realização do projeto e na compatibilização do projeto com a licitação e, caso irregularidades forem identificadas, quem são os responsáveis", detalhou Edson Souza. Em resposta, o presidente do IPC, Tales Riedi Guilherme, assegurou que não há erros no projeto, com a questão sendo esclarecida em seguida pelo secretário de Obras.

Sobre o custo adicional, o engenheiro da Petrocon, Cézar Biancato, esclareceu que "ao contrário do que muitas pessoas pensam, um aditivo não é um reajuste de valor, mas sim um valor pago por um serviço extra não previsto". Ele também ressaltou que todas as questões de segurança, legislação trabalhista e fiscalização são acompanhadas de perto, pois são requisitos obrigatórios para os repasses do Fonplata, de onde vem o dinheiro para financiar a revitalização. "Não existem erros de projeto porque neste caso a obra seria inexequível, mas havia algumas inconsistências, levando à necessidade de alteração do meio-fio e estreitamento da via", arrematou ele.

A pedido de Cidão da Telepar, os líderes comunitários Sônia Xavier e Luiz Ângelo falaram em nome dos moradores do Maria Luiza e do Parque São Paulo, bairros diretamente alcançados pela revitalização, e lembraram que os alagamentos constantes na região não eram registrados antes do início desta obra, por isso cobraram soluções imediatas.

Por sua vez Sadi Kisiel garantiu que "os vereadores vão continuar acompanhando a execução e fiscalização do projeto para garantir que os investimentos sejam aplicados de forma eficiente e transparente". A audiência também teve a participação de diversos outros vereadores e do deputado estadual Oziel Luiz Batatinha, além de diversas outras lideranças. (Foto: Flávio Ulsenheimer/CMC)