Por mais que analistas políticos de casa ou de fora tenham tentado minimizar uma declaração dada no último fim de semana por Gilberto Kassab, talvez por considerarem o Paraná um reduto eleitoral sem a expressão necessária para encabeçar o debate sobre a disputa presidencial de 2026, está claro como a luz do sol que a pré-candidatura de Ratinho Junior à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva vem se fortalece cada dia mais.

"Ele [Tarcisio de Freitas] não será candidato e tem deixado isso claro. Portanto, é uma decisão dele que a gente tem que respeitar", declarou o presidente nacional do PSD ao se referir a uma hipotética candidatura do governador paulista, do Republicanos, que foi ministro de Jair Bolsonaro e teria, por isso, a preferência do ex-presidente, que a cada dia que passa vê mais remotas as chances de reaver seus direitos políticos a tempo se voltar a enfrentar o candidato do PT nas urnas no ano que vem.

Kassab, que é da cozinha de Tarcisio já que é seu secretário de Governo, citou outras alternativas caso Bolsonaro se mantenha com os direitos políticos cassados, como os também governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), mas deixou claro que seu partido irá trabalhar a candidatura do governador do Paraná.

E ao contrário do que alguns possam pensar, esse posicionamento vai bem além de uma postura meramente partidária, pois, depois de Tarcísio, Ratinho Júnior foi o nome de oposição a Lula que melhor apareceu no levantamento de uma semana atrás da Paraná Pesquisas, com 15% das intenções de voto, consideravelmente à frente de concorrentes como Ciro Gomes (9,8%), o próprio Caiado (6,5%) e Eduardo Leite (3,6%). Com 13% das intenções de voto, ele desbancou até o mega astro sertanejo Gusttavo Lima, que nem partido tem, mas mesmo assim colocou seu nome à disposição logo ali atrás.

Quem sabe não tenha chegado a hora de o Brasil ser governado por um pé-vermelho? (Fotos: Reprodução)