Mesmo condenado a 20 anos de prisão, Guaranho volta para casa
A medida ainda pode ser reformada, pois tem caráter liminar e precisará ser analisada em colegiado pelo Tribunal de Justiça do Paraná, mas o fato é que o ex-policial penal Jorge Guaranho, condenado dois dias atrás a 20 anos de prisão pelo assassinato de Marcelo Arruda, em 2022, em Foz do Iguaçu, segue em casa, sendo monitorado por tornozeleira.
A sentença proferida pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler determinava que a pena fosse cumprida em regime fechado e ele efetivamente foi levado para o Complexo Médico Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, mas menos de 24 horas mais tarde a defesa conseguiu relaxar a prisão para que permaneça em casa.
"Não se pode desprezar a precária condição da saúde do paciente", escreveu o desembargador Famaliel Seme Scaff ao conceder a liminar. "Ao que parece, o paciente continua muito debilitado e com dificuldade para se deslocar em razão da enfermidade e das lesões que o acometem, logo, por ora, chega-se à ilação de que sua prisão domiciliar não colocará em risco a sociedade ou o cumprimento da lei penal", acrescentou.
Guaranho, que carrega várias sequelas do fato de também ter sido ferido a tiros por Arruda na noite do crime, deverá cumprir a prisão domiciliar na comarca de Curitiba e só poderá se deslocar para se isso for necessário para dar continuidade ao tratamento médico, mas desde que devidamente autorizado.
Por conta dessa reviravolta, familiares de Marcelo Arruda prometem fazer um grande protesto para pedir justiça neste domingo (16), em Foz do Iguaçu. (Foto: Reprodução)