Um aumento de 60% na capacidade ferroviária do Porto de Paranaguá, passando dos atuais 550 para 900 vagões por dia, é o que se projeta com o novo sistema de transporte de grãos do Moegão até os terminais portuários interligados ao sistema. Trata-se da maior obra portuária do Brasil na atualidade, com um investimento previsto de R$ 600 milhões.

O primeiro módulo das galerias transportadoras de grãos foi içado nesta quinta-feira (6). Com 38 toneladas e 25 metros de comprimento, esta unidade é a primeira de um total de 54 unidades a serem instaladas, cada qual com três esteiras transportadoras de grãos vegetais. A obra já atingiu 23% de execução e deve ser entregue antes do fim do ano.

O acesso ferroviário ao Porto será adequado para a operação do sistema Moegão. As cargas serão descarregadas dos vagões, caindo nos funis do subsolo e transportadas por correias aos elevadores de canecas, de onde serão elevadas para as linhas de correias transportadoras aéreas que se interligarão aos terminais portuários. Os grãos serão recebidos nos terminais e, na sequência, enviados aos navios pelo corredor de exportação.

E A FERROESTE?

Esta notícia traz novamente à tona um tema recorrente há vários anos, que é a resolução do problema do transporte ferroviário de grãos entre o Oeste do Paraná e Paranaguá, no Litoral. O Estado estava apostando alto na Nova Ferroeste, mas o projeto não se viabilizou nos moldes em que foi estimado inicialmente e há tempos não há mais manifestação oficial sobre o tema, o que tem sido motivo de apreensão principalmente para as cooperativas do Oeste paranaense. (Foto: Cláudio Neves/Portos do Paraná)