Dinheiro da Itaipu qualificará merendeiras no Brasil inteiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciaram nesta terça-feira (4), durante o 6º Pnae (Encontro do Programa Nacional de Alimentação Escolar), em Brasília, o convênio Alimentação Nota 10. O projeto conta com a participação direta da Itaipu Binacional, que fará um investimento de quase R$ 5 milhões, e implementará um processo formativo de segurança alimentar e nutricional com merendeiras e nutricionistas do Programa Nacional de Alimentação Escolar, visando contribuir para o fortalecimento da política nacional de alimentação escolar.
"Ninguém consegue estudar de barriga vazia. Uma criança que sai de casa sem tomar café da manhã ou sem ter uma janta de qualidade, com as calorias e proteínas necessárias, não consegue aprender na escola. Quem nunca passou fome não sabe o que é a incapacidade de aprender quando se está com fome", enfatizou Lula.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, lembrou que os programas de capacitação das merendeiras e nutricionistas, visando a melhoria da merenda nas escolas públicas, começaram a ser desenvolvidos ainda no primeiro mandato do atual presidente, quando a atual primeira-dama Janja atuava na área de Responsabilidade Social da Itaipu.
A presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba, elogiou a parceria com a Itaipu. "Foi um aporte fantástico para a gente: quase R$ 5 milhões no projeto Alimentação Nota 10, que visa capacitar melhor as pessoas que operam a nossa alimentação escolar, com formações para merendeiras e nutricionistas, workshops, debates e construção de boas práticas. Queremos trazer recursos e regras sensíveis para alimentar nossas crianças e capacitar o público envolvido", afirmou.
OUTRAS NOVIDADES
Além do lançamento do programa apoiado pela Itaipu, houve a assinatura, pelo ministro Camilo Santana, da alteração da Resolução CD/FNDE nº 6/2020, para restringir a aquisição de alimentos ultraprocessados no âmbito do Pnae a 15% e a priorizar a aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar, sobretudo os provenientes de comunidades tradicionais indígenas, comunidades quilombolas e grupos formais e informais de mulheres.
O ministro mencionou que o Pnae já impulsiona o desenvolvimento local e que a nova diretriz amplifica esse impacto. Além disso, reforçou a necessidade de garantir que pelo menos 30% dos alimentos para a merenda escolar sejam provenientes da agricultura familiar, utilizando recursos do Ministério da Educação. Outra novidade anunciada é que o Encontro Nacional de Alimentação Escolar agora ocorrerá a cada dois anos. O último aconteceu há 15 anos, em Salvador. (Foto: Dinho Mendes/Itaipu)