Os brasileiros entraram no mês de fevereiro torcendo o nariz para os valores dos combustíveis veiculares, cujos reajustes sempre respingam nos preços de todos os demais produtos, do vestuário à alimentação.

Conforme já era de conhecimento público, o litro do óleo diesel amanheceu 0,22 centavos mais caro nas distribuidoras por conta de um reajuste aprovado ontem pela Petrobras para compensar a defasagem, que já vem se arrastando há um bom tempo.

Mas não é só isso: outros 0,06 centavos (5,3%) foram acrescidos ao litro do diesel por conta do aumento da alíquota do ICMS determinado pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), que reúne os secretários da Fazenda de todas as unidades federativas.

O que surpreendeu muita gente é que a gasolina e o álcool também amanheceram 7,1% mais caros, igualmente por decisão do Confaz. Na bomba, isso representa um acréscimo de 0,10 centavos por litro de gasolina e de 0,06 centavos por litro de álcool.

Voltando à questão do óleo diesel, o reajuste maior foi para compensar parcialmente a política de preços implementada ainda no Governo Dilma Rousseff, quando a estatal chegou a flertar seriamente com o risco de falência. Agora é esperar pra ver qual será o reflexo desses reajustes na inflação, que há vários meses tem se comportado saltitante feito cabrito no pasto verdejante. (Foto: Marcelo Camargo/AGBR)