Confirmando boato que já circulava desde o fim da manhã nas redes sociais, a Rede Globo confirmou há instantes a morte, neste domingo (19), aos 92 anos, do jornalista, apresentador e locutor Léo Batista, um dos maiores nomes de todos os tempos do jornalismo esportivo brasileiro. Ele estava internado há quase 15 dias no Rio de Janeiro.

Em mais de 70 anos de carreira, Léo Batista deu voz a notícias como a morte de Getúlio Vargas e participou da maioria dos telejornais da TV Globo, onde trabalhou por 55 anos.

Filho de imigrantes italianos e paulista de Carlópolis, foi garçom na pensão do pai em Campinas antes de estrear na Rádio Bariguiu e em 1952 mudou para o Rio de janeiro, onde arranjou emprego inicialmente como redator e locutor de notícias da Rádio Globo, participando da primeira edição do programa O Globo no Ar.

Um dos muitos momentos históricos contatos por sua voz marcante foi em 24 de agosto de 1954, quando estava de plantão e recebeu a missão de noticiar, em primeira mão, o suicídio de Getúlio Vargas.

Na TV, uma de suas primeiras missões foi como apresentador do Jornal Nacional, chamado que foi às pressas para substituir Cid Moreira, seu amigo de uma vida toda e em cujo sepultamento, em outubro passado, foi visto em público pela última vez, aos prantos.

Também foi um dos primeiros apresentadores do Jornal Hoje, em 1971, e posteriormente do Esporte Espetacular, em 1973, mas se notabilizou definitivamente como integrante do time de apresentadores do programa Fantástico.

Contratado em 1970, era o funcionário mais antigo da Rede Globo desde a morte do amigo Cid Moreira. (Foto: Divulgação Rede Globo)