De acordo com dados oficiais, o Brasil manteve em 2024 a condição de líder mundial de casos de dengue. Dados do Ministério da Saúde indicam que nesse período o País registrou mais de 6 milhões de confirmações da doença, com pouco mais de 6 mil óbitos. E como se isso não bastasse, a previsão para 2025 é ainda mais sombria, principalmente nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Tocantins.

A dengue em adultos já judia muito, mas em crianças é ainda pior por conta do agravamento subido dos sintomas, que podem levar a sequelas graves e até ao óbito, caso não seja tratada adequadamente. O sangramento (na gengiva, na pele, na evacuação ou no vômito) pode ser um indicativo da dengue hemorrágica, que exige um atendimento médico emergencial. Febre entre 39°C a 40°C, dores musculares e nas articulações, lesões na pele, fraqueza em geral e sonolência, choro e irritação excessivos também são sintomas que devem ser levados a sério.

O acompanhamento com um pediatra durante e após a detecção da doença é fundamental para evitar manifestações mais graves e até atípicas que cada criança pode apresentar. Nos casos mais leves, o tratamento é feito com repouso, hidratação e controle dos sinais clínicos. Já em situações mais graves, pode ser necessário o internamento para hidratação intravenosa e até mesmo suporte intensivo.

Diante desse cenário, o Pequeno Príncipe, que tem sede em Curitiba e é o maior e mais completo hospital pediátrico do País, chama atenção para a dengue principalmente em crianças abaixo dos 2 anos. "Em pacientes de pouca idade, a febre alta gerada pela dengue pode ocasionar aumento da frequência respiratória e cardíaca, sudorese mais intensa, além de acarretar quadros de desidratação", explica o infectologista Victor Horácio de Souza, da instituição.

COMO SE PROTEGER

A crise climática é apontada como uma das causas do aumento da dengue. Isso porque o mosquito transmissor (Aedes aegypti) se reproduz em regiões quentes e com água parada. Por isso, o principal cuidado é com a higienização dos ambientes. De que forma? Veja a seguir algumas dicas essenciais:

- Não deixando água parada e acumulada;

- Mantendo as lixeiras fechadas e protegidas da chuva;

- Mantendo os vasos de plantas limpos e com areia até a borda;

- Guardando baldes, garrafas e outros recipientes com a boca para baixo;

- Cobrindo os reservatórios de água;

- Retirando a água dos pneus e colocando-os em ambientes protegidos. (Foto: Secom/PMC)