Agricultura do Paraná condena corte de verba do Seguro Rural
O Sistema Faep, principal entidade representativa da agricultura paranaense, se posicionou contra um novo corte de recursos no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, que caíram da estimativa inicial de R$ 1 bilhão para R$ 820,2 milhões.
O Paraná é responsável pelo maior volume de contratações do Seguro Rural no País. Em 2024, os produtores paranaenses contrataram mais de 45,8 mil apólices, o que corresponde a 37,5% do total. O presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette diz que o seguro é uma ferramenta de gestão de riscos imprescindível à agricultura moderna, determinante para proteger os agricultores e pecuaristas em casos de sinistros climáticos.
"O novo corte nos recursos é inadmissível e extremamente prejudicial ao setor agropecuário. O Seguro Rural é uma ferramenta estratégica, que deveria ser considerada prioritária para o governo federal. O que temos visto, no entanto, é o enfraquecimento do programa, o que coloca em risco a solidez do agronegócio", destaca.
Outro ponto de alerta é que o seguro para 2025 ainda está indefinido, já que a Lei Orçamentária Anual ainda não foi votada pelo Congresso. A exemplo das últimas três safras, o Sistema Faep defende o aumento do aporte de recursos, mas há um receio generalizado no meio rural de que possa haver ainda mais cortes.
"Para que o Seguro Rural esteja acessível a todos os produtores, como deve ser uma boa política pública, precisaríamos de R$ 2,5 bilhões. É isso que o Sistema Faep vem defendendo nos últimos anos. Mas o que temos visto recentemente são cortes nos recursos", aponta Meneguette. "Nós defendemos o caminho oposto. Temos uma agricultura de ponta e, para continuar nesse rumo, precisamos de mais recursos para o seguro rural", conclui. (Foto: Sistema Faep)