Muitos desafios a enfrentar
Daqui a menos de uma semana, 5.568 prefeitos, entre eleitos e reeleitos, assumirão a gestão das cidades brasileiras com a responsabilidade de promover o desenvolvimento e encarar velhos e novos e problemas em todas as áreas, como saúde, educação, segurança, saneamento, mobilidade etc.
Mas a superintendente geral do Ibam (Instituto Brasileiro de Administração Municipal), Cláudia Ferraz, pontua que os problemas não serão só nessas áreas, ressaltando vários outros temas também devem estar no radar dos novos administradores.
"Cada prefeito terá que olhar com atenção, por exemplo, para o déficit habitacional do seu município. E não adianta construir só moradias sem que o planejamento urbano contemple escolas, postos de saúde e transporte público, ou seja, para que novas moradias cumpram seu objetivo social é preciso que outros instrumentos as acompanhem", observa.
De acordo com ela, a mobilidade também é uma missão desafiadora, pois em pleno século XXI e com o fator inclusão cada vez mais latente na sociedade, ruas adaptadas para o acesso das pessoas com deficiência, transporte público preparado para atendê-los e acessibilidade aos prédios públicos devem estar no cronograma das novas gestões. "Tudo isso sem contar com o básico, ou seja, transporte eficiente para a população em geral, pois historicamente é precário e deficitário", aponta.
Cláudia aconselha que os novos gestores tomem o máximo de cuidado para equilibrar o orçamento público diante do aumento constante de despesas obrigatórias e, obviamente, de olho na responsabilidade fiscal. Outro ponto importante apontado é o período de transição da reforma tributária, que, de acordo com ela, "impactará diretamente na fonte de receita dos municípios".
Como contribuição, o Ibam acaba de lançar a 17ª edição de um manual voltado a auxiliar os novos prefeitos e que pode ser acessado na íntegra clicando AQUI. (Imagem: Reprodução)