Maria, te dou graças
J. J. Duran
Próxima está uma vez mais no calendário universal a data na qual a Igreja Católica comemora um novo e eterno nascimento do Bom Judeu.
Já dá para ouvir o replicar dos sinos das catedrais em homenagem festiva ao nascimento do pequeno judeu, que, como símbolo máximo da procura por justiça entre os homens, foi vitimado pela sua pregação de paz, amor e fraternidade.
Sim, devemos escrever sobre o homem, o hebraico que morreu crucificado para ser o eterno símbolo da estupidez, do fanatismo e da pobreza espiritual dos homens, mas neste aniversário quero escrever sobre sua mãe, a Virgem Maria.
Dou-te graças mulher, por unir teu destino ao do carpinteiro José.
Dou-te graças porque aceitastes ser instrumento de Deus para gerar o menino que veio cumprir o mandato da purificação.
Dou-te graças porque fostes guia dos primeiros passos cambaleantes na vida do filho, e também de seus últimos passos a caminho do Gólgota.
Dou-te graças porque fostes, e continuas sendo, apoio firme na caminhada de todos os que, com boa vontade, seguem ao Cristo Redentor nesse oceano de náufragos.
Dou-te graças porque sois exemplo de humildade e silêncio.
Dou-te graças por sempre pedires pelos oprimidos, injustiçados, abandonados, aqueles chamados pelos novos sacerdotes do Senedrin de "excluídos".
Que Deus bendiga na noite natalina todas as mães do mundo, as mães de todos os filhos que levantam seus copos na recordação das mães que já partiram rumo ao Céu.
Dou-te graças por todas as crianças, símbolos da esperança de dias melhores.
Feliz Natal, Mãe de todos nós. (Foto: Reprodução)
J. J. Duran é jornalista, membro da Academia Cascavelense de Letras e Cidadão Honorário de Cascavel e do Paraná