Ipardes projeta Cascavel como 4ª maior cidade do PR até 2050
A população paranaense ficará cada vez mais concentrada em grandes centros urbanos, de acordo com projeção do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), divulgada nesta terça-feira (17). Até 2050, 26 cidades deverão concentrar cerca de 60% dos habitantes do Estado.
A projeção que Curitiba, Londrina e Maringá continuarão sendo as cidades mais populosas, mas a esta altura Ponta Grossa terá caído para a sexta posição nesse ranking, sendo ultrapassada por Cascavel e São José dos Pinhais, as três com mais de 400 mil habitantes. Foz do Iguaçu, Fazenda Rio Grande, Colombo e Araucária fecharão a lista de cidades mais populosas do Estado, cada uma acima de 200 mil habitantes.
Já o Censo do IBGE indica que a população do Paraná deverá crescer até 2044, chegando a 12,46 milhões de habitantes e, a partir de 2045, reduzir até chegar a 12,40 milhões em 2050. A nível nacional, o ponto de inflexão na curva será atingido três anos antes, em 2042, quando a população brasileira começará a reduzir gradativamente, chegando a 215,2 milhões.
"Esses dados nos fazem refletir sobre as políticas públicas, sobre os investimentos, dando uma orientação de como estará o Paraná para os próximos anos, com destaque para o envelhecimento. Em 2050, teremos cerca de 30% da população com mais de 60 anos, e o número de crianças e jovens encolhendo", destacou o secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, ao comentar esses dados.
Ele observou que isso aponta, por exemplo, que será necessário construir menos creches e mais espaços para idosos. "Do ponto de vista orçamentário, vai exigir um incremento nas áreas da ação social, da saúde, justamente por esse envelhecimento da população. O Paraná está envelhecendo e isso significa mais qualidade de vida, o que é bom, mas, por outro lado, temos que olhar o ponto de vista econômico, com a redução da população economicamente ativa", completou.
REGIÕES
Na contramão do Estado e do País, as Regiões Geográficas Intermediárias de Cascavel e Maringá devem seguir com suas populações crescendo mesmo com o cenário de redução estadual, com 2,51 milhões e 2,19 milhões, respectivamente, no final da primeira metade do século XXI.
A Região de Curitiba, que atualmente conta com 4,20 milhões de habitantes, crescerá até 2046, com o ponto de inflexão a partir de 2047. Entretanto, continuará com um número superior ao registrado em 2024, chegando a 2050 com 4,44 milhões de moradores. As Regiões de Guarapuava, Londrina e Ponta Grossa terão suas populações reduzidas no período.
Entre 2025 a 2035, cerca de 153 municípios deverão apresentar taxas positivas de crescimento. Já entre 2035 e 2050, este número cairá para 102. Em termos de comparação, no último período censitário, de 2010 a 2022, 229 municípios apresentaram este desempenho.
Isoladamente, as cidades que terão sua população aumentada de forma mais expressivas nos próximos 25 anos são Floresta, com 179,29% (passando de 12.173 para 33.998 habitantes); Mandaguaçu, com 125,93% (de 35.948 para 81.219); Vitorino, com 91,98% (de 10.731 para 20.601); Sabáudia, com 78,65% (de 9.725 para 17.393); Pontal do Paraná, com 76,70% (de 33.891 para 59.884); Sarandi, com 61,02% (de 130.263 para 209.750); Fazenda Rio Grande, com 58,45% (de 165.369 para 262.033); Francisco Alves, com 57,37% (de 8.724 para 13.729); Iguaraçu, com 56,45% (de 5.787 para 9.054); e Cambira, com 51,43% de crescimento em sua população (de 10.215 para 15.469 habitantes).