Paranhos vê boi na linha no caso do transporte coletivo
Visivelmente revoltado, o prefeito Leonaldo Paranhos classificou como um ato de "irresponsabilidade" a atitude do sindicato que representa os trabalhadores do transporte coletivo urbano de Cascavel, que retardou a circulação dos ônibus na manhã desta quinta-feira (5) para realização de uma assembleia e, sem qualquer aviso prévio, deixou milhares de trabalhadores sem condições de chegar aos seus empregos no horário determinado.
"Um ato covarde o que eles fizeram. Aliás, irregular. Agiram de forma aparentemente intencional, mas criminosa", reforçou o prefeito, assinalando que essa mobilização ocorreu quatro dias antes da nova licitação do serviço, marcada para a próxima segunda-feira (9), às 10h.
Paranhos lembrou ainda que, em dezembro do ano passado, quando a licitação ficou deserta, uma matéria publicada em um jornal especializado em transporte previu, dois dias antes, que ninguém participaria do certame. "Curiosamente, nenhuma empresa participou".
O sindicato está questionando uma cláusula da licitação na qual há previsão para que o Município possa solicitar junto às concessionárias a dispensa de motoristas que tenham condutas inadequadas e prejudiquem o serviço. A licitação prevê indicadores de desempenho para levar um transporte de qualidade à população.
APELANDO À JUSTIÇA
Já o procurador-geral Edson Zorek informou que a Prefeitura de Cascavel irá entrar com duas ações judiciais contra o sindicato. Uma delas é uma ação de ressarcimento pelos prejuízos causados à população com a paralisação na manhã de hoje, com o repasse de uma eventual indenização aos próprios usuários.
A outra será um pedido de tutela inibitória para que o sindicato se abstenha de promover paralisações ilegais. "Greve não é crime, está prevista em lei e pode ser feita, mas tem que seguir alguns requisitos", pontuou Zorek. (Foto: Vanderlei Faria/Secom)