Uma novela sem fim
Lá se vão praticamente três anos das habituais idas e vindas sem que se chegue a um desfecho sobre a licitação do transporte coletivo urbano de Cascavel, que virou uma novela interminável.
Usando dos recursos que lhe são permitidos, e repetindo a mesma velha e surrada estratégia, as empresas prestadoras do serviço protocolaram junto à Prefeitura um novo pedido de impugnação, o que ameaça a realização da licitação prevista para daqui a dez dias.
Desatualização do estudo de viabilidade, inadequação na consideração da desoneração da folha, inadequação dos pesos na fórmula de reajuste, desatualização do modelo operacional e inconsistência na definição do WACC (TIR) são os principais motivos alegados pelos permissionários - o que, vale lembrar, já haviam sido apontado pelo Tribunal de Contas.
E desta feita, as empresas contam com o apoio também do sindicato dos trabalhadores do setor, que considera "absurdo e insustentável" o item do edital permitindo que o Município possa pedir o afastamento de funcionários das empresas em casos pontuais.
A diferença desse episódio para os anteriores é que essa "novela" agora não tem mais como figura central Simoni Soares, pois esta foi transferida da presidência da Transitar para a Secretaria de Finanças depois que veio a público a história de que a Voepass havia operado temporariamente sem contrato no Aeroporto de Cascavel.
Só o tempo dirá quando essa novela irá terminar. (Foto: Secom/PMC)