Bancários aprovam proposta da Fenaban e greve está descartada
Em assembleia geral extraordinária, convocada pelo Sindicato dos Bancários de Cascavel e Região e realizada na noite de ontem (30), no auditório do Colégio Eleodoro Ébano Pereira, a categoria aprovou a proposta patronal negociada entre a Contec (Confederação Nacional dos Bancários) e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).
A proposta dos bancos, apresentada após intensas negociações e pressão do movimento sindical, prevê reajuste salarial de 5%, proporcionando aumento real de 1,18% sobre uma inflação projetada em 3,78%, e garantia de manutenção de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho, válida para os empregados de bancos públicos e privados. Com a aprovação da assembleia, a primeira parcela da PLR será paga em 20 de setembro.
A proposta prevê, ainda, acordo com validade de dois anos. Assim, ficam garantidas até 2020 a manutenção de todos os direitos e a reposição total da inflação (INPC), mais 1% de aumento real para salários e demais verbas em 1º de setembro de 2019.
As negociações com o Banco do Brasil e a Caixa Federal também garantiram a manutenção de todas as cláusulas dos acordos específicos, inclusive Saúde Caixa e PLR Social que estavam ameaçados. Serão os únicos empregados do setor público com aumento real e sem retirada de direitos.
De acordo com o presidente do Sindicato, Gladir Basso - que preside também a Federação dos Bancários do Paraná - este ano o movimento sindical investiu na antecipação das negociações para que não houvesse riscos para os trabalhadores, diante do fim da ultratividade que validava os direitos até que um novo acordo fosse assinado. A data-base dos bancários é 1º de setembro. Com a reforma trabalhista, nenhum direito estaria garantido a partir dessa data.
Gladir destaca que a proposta da Fenaban assegura ainda que os bancários terão direito a parcelar em até três vezes o adiantamento de férias que atualmente é descontado integralmente no mês posterior ao descanso. A proposta também garante a manutenção dos direitos da CCT para os hipersuficientes. Esses trabalhadores, cerca de 91 mil na categoria que ganham mais de R$ 11.291,60, estariam expostos a negociar diretamente com os patrões e poderiam perder até a PLR, de acordo com a lei trabalhista após a reforma. (Foto: Divulgação)