PGR denuncia ministro Blairo Maggi por corrupção passiva
O caldo pode ter entornado para o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que há muitos anos saiu do Oeste paranaense para virar megaprodutor de soja e governador do Mato Grosso. A PGR (Procuradoria Geral da República) acaba de protocolar no STF (Supremo Tribunal Federal) uma denúncia contra ele por corrupção ativa.
De acordo com a PGR, em 2009 Maggi, ainda governador, participou de um suposto esquema de compra e venda de uma cadeira no Tribunal de Contas do Mato Grosso. Caberá ao Supremo decidir pela abertura ou não do processo.
Na denúncia, a procuradora Raquel Dodge afirma que há provas de que o grupo pagou propina que pode chegar a R$ 12 milhões para que o então conselheiro do TCE-MT, Alencar Soares, pedisse aposentadoria e assim abrisse vaga para o ex-deputado estadual Sérgio Ricardo de Almeida.
Depois, segundo a denúncia, houve uma mudança de ideia e o então governador fez um novo acerto com Alencar Soares para que continuasse no cargo. O objetivo era nomear o então secretário de Fazenda, Eder de Moraes, para o TCE.
De acordo com a investigação, Eder de Moraes teria oferecido, por ordem de Maggi, R$ 4 milhões para que Alencar permanecesse no cargo. A transação, apontam os procuradores da República, teria impedido naquele momento a nomeação de Sérgio Ricardo, que acabou assumindo em 2012 e sendo afastado em 2017.