O fenômeno Ratinho Junior
Numa análise sem paixão, baseada exclusivamente nos números, não há equívoco algum em dizer que Ratinho Junior começa a despontar como uma alternativa não só interessante, mas efetivamente viável para a eleição de 2026, e a colocar o Paraná pela primeira vez com chances reais de assumir o protagonismo político nacional.
Comparando os números divulgados nesta quarta-feira (27) pela Paraná Pesquisas com os apurados em julho deste ano pelo mesmo instituto, constata-se que o governador do Paraná, mesmo sem mídia nacional, vem apresentando um crescimento consistente entre os nomes que farão oposição a Luiz Inácio Lula da Silva daqui a dois anos.
Enquanto Lula recuou quase cinco pontos percentuais entre uma pesquisa e outra (de 39,0% para 34,4%), Ratinho Júnior cresceu mais de um ponto (de 14,2% para 15,2%). Trata-se de uma oscilação dentro da margem de erro, é verdade, mas o governador paranaense também ganhou corpo no embate com outros nomes cotados para a disputa.
Inequivocamente as duas principais cartas na manga do chamado bolsonarismo, a ex-primeira-dama Michele e o agora governador paulista Tarcísio de Freitas recuaram nas intenções de voto no mesmo comparativo: ela, de 30,3% para 27,5%, e ele, de 34,4% para 24,1%, o que não é pouco.
Poder-se-ia comparar o desempenho de Ratinho Júnior também com o dos ex-presidenciáveis Ciro Gomes, Simone Tebet (que foram candidatos em 2022) e Ronaldo Caiado (que concorreu em 1989), mas aí a discrepância seria ainda maior.
Quem sabe não tenha chegado a hora de o Paraná eleger um presidente da República. (Foto: Roberto Dziura Jr/AENPR)