Suinocultura vai fechar ano no vermelho, mas projeta melhora
Sem capital de giro e recursos para realizar a manutenções das instalações, muitos produtores de suínos devem abandonar a atividade no médio e/ou no longo prazo. Esse é o horizonte mais visível diante do retrato revelado a partir dos painéis realizados pelo Sistema Faep para apurar os custos de produção da suinocultura integrada paranaense. O trabalho foi feito com base nos custos variáveis, custos fixos e custos operacionais.
As reuniões para o levantamento dos custos de produção foram realizadas ao longo deste mês de outubro, envolvendo apenas produtores integrados. Foram quatro painéis ao todo, que envolveram produtores ligados a unidades agroindustriais de Toledo (Oeste) e Carambeí (Campos Gerais). O acesso a todas as planilhas pode ser feito através deste LINK.
"Os painéis apresentaram, em unanimidade, resultados negativos nos seus custos de produção, acarretados por baixa receita, ou seja, o valor recebido por suíno entregue à agroindústria não cobre o custo fixo, consequentemente, não paga o custo total de produção desse animal", resume a técnica Nicolle Wilsek.
Apesar da imposição desses desafios estruturais, a suinocultura paranaense encontrou em 2024 um cenário mais favorável que nos anos imediatamente anteriores, com oferta ajustada ao mercado interno, perspectiva de preços mais elevados e exportações em alta. Em setembro, o Paraná bateu recorde de exportações de carne suína com o envio de 18,1 mil toneladas. (Foto: Jonatyan Campos/AENPR)