Estatais brasileiras se unem para combater desigualdade
O diretor-geral da Itaipu, Enio Verri, destacou o papel das estatais nas políticas públicas e no desenvolvimento de um estado sustentável mais justo e igualitário. "O Brasil é um país continental, com desigualdades regionais gigantescas e não há forma melhor de diminuir essas diferenças que unir os esforços das estatais para a aplicação de políticas públicas. E temos um compromisso com isso", afirmou ele ao participar da entrega de uma carta das principais empresas públicas brasileiras à ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, com propostas para os chefes de estado que compõem o G20.
No documento, as empresas apresentam 32 contribuições relacionadas à transição energética, à reforma da governança global e ao combate à pobreza e à fome, dentre outras. "É uma alegria imensa receber esses documentos das grandes empresas públicas, que são motivo de orgulho para a população brasileira. Algumas são centenárias e outras mais novinhas, como a Itaipu, que está no livro dos recordes pela produção acumulada de energia elétrica. Essas empresas são parte de um país que pode ser uma das cinco maiores economias do mundo", comentou a ministra.
O conteúdo da carta é parte da Declaração do G20 Social, entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no encerramento do fórum paralelo ao G20. O texto foi produzido pela Itaipu, Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica e Petrobras.
O ministro de Estado Chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, citou o papel decisivo e importante de cada empresa. "Agradeço às estatais, pois não seria possível alcançar os objetivos principais propostos pelas lideranças do G20 sem reconhecer o papel delas no nosso país. Não teríamos mecanismos de cooperação no âmbito Brasil-Paraguai sem a Itaipu, que está nos ajudando na realização da COP30", disse.
CONTEÚDO
O objetivo das cinco empresas líderes de setores estratégicos no Brasil é contribuir para o cumprimento efetivo da agenda global de desenvolvimento sustentável. Com uma atuação conjunta e coordenada, o grupo quer ajudar a promover uma economia regenerativa e equitativa e que impacte positivamente a população, as cidades e cadeias produtivas brasileiras para uma economia de baixo carbono. Como contribuição, as estatais se comprometem a estabelecer parcerias e relações com empresas socialmente e ambientalmente responsáveis.
O documento reafirma, ainda, a meta conjunta de impactar positivamente a sociedade brasileira, contribuindo, nos limites de suas atuações, para a ampliação do acesso da população às políticas públicas e para a superação da pobreza e das desigualdades. A importância da troca de conhecimento entre países que enfrentam desafios similares e compartilham da mesma realidade geográfica e climática também é reforçada na carta, assim como as discussões para a justiça climática e a diversidade de povos. (Foto: William Brisida/Itaipu)