Em decisão monocrática, e atendendo a um pedido da defesa, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes estendeu também ao ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) os efeitos da decisão que declarou o ex-juiz e atual senador Sergio Moro suspeito para atuar nos processos da Operação Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com isso, todas as decisões de Moro envolvendo Zé Dirceu, inclusive as condenações, perderam totalmente o efeito e estão, portanto, anuladas. O ex-ministro foi condenado em 2016 a 23 anos de prisão por corrupção passiva, recebimento de vantagem indevida e lavagem de dinheiro. E no ano seguinte ouve uma segunda condenação, de 11 anos e 3 meses de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro por suposta participação do ex-ministro no esquema de corrupção da Petrobras.

Em sua decisão, Gilmar criticou o que definiu como "confraria formada pelo ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da Curitiba" e acrescentou que a Lava Jato "encarava a condenação de Dirceu como objetivo a ser alcançado para alicerçar as denúncias que, em seguida, seriam oferecidas contra Luiz Inácio Lula da Silva". Zé Dirceu é pai do deputado federal paranaense Zeca Dirceu. (Foto: Marcelo Camargo/AGBR)