Casos de coqueluche no Paraná crescem quase 90% em um mês
A baixa procura pela vacina pentavalente, que protege também contra difteria, tétano, hepatite B e a bactéria Haemophilus influenzae tipo b (que pode transmitir doenças graves como meningite e pneumonia), é apontada pela Secretaria de Estado da Saúde como uma das principais causas pelas quais o Paraná vem registrando verdadeira explosão de novos casos de coqueluche.
Também conhecida como tosse comprida, a doença passou de 537 para 1000 casos apenas nos últimos 30 dias (86%). E se comparado há julho, o crescimento foi muito maior: de nada menos que 880%.
De acordo com o mais recente boletim da Secretaria de Estado da Saúde,
dos mil casos confirmados, 353 estão na faixa etária dos 12 aos 19 anos e 110 menores de um ano. Apesar de a doença ser mais frequente nessas idades, o grupo de pessoas de 30 a 49 anos também se destaca com número elevado de casos: 183.
TRANSMISSÃO
A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Estima-se que uma pessoa com coqueluche pode infectar de 12 a 17 outros indivíduos.
Os sintomas inicialmente são parecidos com os de um resfriado, com febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca que evoluem para crises de tosse mais intensa. A vacinação é a melhor forma de prevenção e deve ser realizada nos primeiros meses de vida, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses. Aos 15 meses e aos 4 anos de idade devem ser administradas doses de reforço. (Foto: Julia Prado/MS)