Romulo terá que aguardar para assumir a cadeira de Micheletto
Na véspera de 1º de janeiro de 2025, quando assumirá o comando da Prefeitura de Assis Chateaubriand pela terceira vez, Marcel Micheletto terá que protocolar pedido de renúncia ao mandato de deputado estadual. Isso é uma exigência do artigo 54 da Constituição Federal, que diz que deputados e senadores não podem "desde a posse ser titulares de mais um mandato ou cargo público eletivo".
Com isso, Micheletto terá de ser substituído no Legislativo estadual já no início do próximo ano. Mas por quem? Segundo informação passada nesta quarta-feira (9) por seu próprio gabinete, e ratificada por meio de matéria postada no dia anterior no site da própria Alep, num primeiro momento será empossado o atual vereador londrinense de terceiro mandato Jairo Tamura.
Só que em abril deste ano Tamura deixou por iniciativa própria o PL e migrou para o União Brasil, pois pretendia ser candidato a prefeito de Londrina - o que acabou não se confirmando. Por lei, é como se tivesse renunciado à condição de primeiro suplente de seu antigo partido à Assembleia.
O vereador cascavelense Romulo Quintino fez o mesmo, mas na véspera da campanha eleitoral deste ano, logo após mudar para o PP, fez um acordo político e abdicou do convite para ser candidato a vice-prefeito na chapa de Marcio Pacheco com a condição de retornar ao PL e assumir o mandato de deputado caso Micheletto fosse eleito prefeito.
De acordo com outra informação vinda de Curitiba, o PL paranaense vai deixar Tamura assumir a cadeira de Micheletto, mas recorrerá em seguida reivindicando a vaga para Quintino com base em uma decisão histórica de 2007 do STF (Supremo Tribunal Federal), reconhecendo que o mandato pertence ao partido e não ao eleito, o que levou o plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a decidir, por maioria de votos, pela cassação do então deputado federal cascavelense Evandro Roman por infidelidade no fim de 2021. (Foto: Flávio Ulsenheimer/CMC)