Do palanque para as urnas
Esta quinta-feira (3) marca o fim da mais importante etapa do primeiro turno das eleições municipais de 2024: o famigerado palanque eleitoral. Após 30 dias, saem do ar (tanto no rádio quanto na televisão) os programas e inserções com os quais os candidatos puderam apresentar ao eleitorado o que pretendem fazer caso eleitos neste domingo (6), ou então no segundo turno para prefeito, marcado para daqui a três semanas.
Na maioria dos casos os candidatos fizeram bom uso desse precioso espaço, aproveitando-o ao máximo para expor suas ideias e propostas. Em outras palavras, posaram de bons moços, procurando mostrar aos eleitores bons propósitos e boas intenções.
Nas redes sociais, no entanto, exércitos representativos de muitos deles usaram e abusaram de ações nada democráticas para transformar a campanha em uma espécie de jogo de truco, no qual o blefe (facão) é totalmente válido e até pode levar à vitória, mas desde que o adversário esteja desprovido das decisivas manilhas.
E não se pode ignorar, também, que inúmeros núcleos de campanha usaram e abusaram de pesquisas com números sob encomenda, algo que alguns podem achar válido como estratégia eleitoral, mas todos, sem exceção, sabem ser totalmente reprovável e que não se sustenta até o dia seguinte ao da eleição.
Dito isso, que venha domingo, o Dia D, e que os eleitos possam bem representar quem a eles deu esta procuração chamada voto para que conduzam os destinos de cada cidade.