Demandas existem nas mais diversas áreas, e todos os candidatos têm em seus planos de governo propostas para cada uma delas, mas quem tem acompanhado o horário eleitoral, os debates e as entrevistas de campanha, se perguntado, não hesitaria em dizer que a melhoria da saúde pública virou uma espécie de vedete da disputa pela Prefeitura de Cascavel.

Uma espécie de "poço sem fundo" de todos os níveis de gestão pública, a saúde parece algo que jamais receberá ampla aprovação popular, por mais investimentos que receba, mas sempre pode ser melhorada. Os registros mostram que a Cascavel avançou bastante nos últimos anos nessa área, mas ainda assim a realidade se mostra distante do retrato sonhado, sobretudo, por quem que não tem condições de pagar um plano particular.

AS PROPOSTAS

O primeiro caso concreto desta campanha sobre a melhoria da saúde pública ofertada aos cascavelenses foi o recente anúncio, para Cascavel, de uma das 55 Policlínicas Regionais a serem construídas pelo Ministério da Saúde em todo o País. "Ao contrário do que a atual gestão tem dito, quem garantiu essa estrutura para Cascavel foram os nossos candidatos do PT", assegurou ainda ontem (25) a Professora Liliam, que também propõe o aumento do PSF, melhorias nas Unidades Básicas já existentes e mais suporte psicológico e psiquiátrico, além da ampliação da assistência materno-infantil.

De Curitiba, onde cumpre agenda nesta quinta, Renato Silva não rebateu a candidata petista, preferindo fazer um anúncio relevante. "A partir de fevereiro, quando será reinaugurado, o Hospital de Retaguarda será Hospital Municipal e funcionará 24 horas por dia para atender toda a população", disse ele em vídeo gravado ao lado dos deputados Ezequiel Luiz Batatinha, Gugu Bueno e Beto Preto logo que saiu de uma reunião na Secretaria de Estado da Saúde. Dentre outras medidas, Renato também propõe o uso da Inteligência Artificial para agilizar o agendamento de consultas, exames e cirurgias e, consequentemente, melhorar o atendimento à população.

Mas os outros dois candidatos não ficam atrás. "Temos que trazer tecnologia e valorizar o servidor público com um plano de cargos, carreiras e salários, além de integrar todo o sistema por meio da informatização", destaca Marcio Pacheco, cuja proposta mais emblemática é outra. "Vou construir um hospital de atendimento 100% SUS na região norte da cidade. Recursos para tanto a cidade tem", ressalta ele, que também se propõe a construir novas unidades de pronto atendimento, contratar mais profissionais de saúde e implementar um sistema de triagem digital, além de implantar a telemedicina.

A construção de um Hospital Municipal na região norte e a implantação da telemedicina também são propostas constantes do plano de governo de Edgar Bueno. "Essas ações serão acompanhadas pela redução do tempo de espera para consultas, exames e cirurgias e pela criação de um aplicativo para facilitar o acesso aos serviços de saúde", diz Edgar, que em termos de espaço físico também quer a construção de novas unidades de saúde e de um hospital específico para atendimento das crianças. (Fotos: Reprodução)