Democracia não é luta livre
Direito constitucional de todos, independente de credo, cor, raça, poder aquisitivo ou coisa que o valha, a Justiça tem como papel assegurar a aplicação da lei. Nada fora disso justifica a sua existência - a um custo salgadíssimo, diga-se de passagem. E em períodos de véspera eleitoral como o que estamos atravessando, urge que ela seja ainda mais efetiva e célere, de forma a assegurar que o eleitorado seja influenciado unicamente pela verdade, seja ela boa ou ruim.
Pena que nem todos pensem assim e aproveitem justamente este momento para colocar em prática a vingança por desacertos pretéritos, o que leva aliados até dias ou semanas atrás a se transformarem em inimigos e a disputa outrora de ideias a se transformar em um ringue imaginário, no qual a última coisa que realmente interessa é a esperança que move a coletividade chamada para eleger seus representantes políticos.
Principalmente pelo uso desmedido das redes sociais, repletas de "justiceiros" de plantão ávidos por ver os adversários na "lona", a presente campanha eleitoral não tem nada sequer parecido na história política brasileira das últimas décadas. E isso não acontece apenas aqui ou acolá, mas em todo o País, que ainda terá muito do que se lamentar até o dia da eleição, felizmente já bem próximo.
Disso tudo resta uma certeza: a de que desta feita o choro e o ranger de dentes não será só pelos resultados que vierem a brotar das urnas daqui a pouco mais de uma semana, pois a guerra judicial ainda irá se estender por meses e até anos a fio, tempo suficiente para a chegada do devido castigo àqueles que usaram de má fé, sejam eles denunciantes ou denunciados. (Foto: Reprodução internet)