Na contramão dos EUA, Brasil aumenta a taxa básica de juros
No início da tarde desta quarta-feira (18) o Federal Reserve anunciou um corte de 0,5% na taxa de juros dos Estados Unidos, que ficará entre 4,75% a 5% ao ano. Foi a primeira redução desde março de 2020, ou seja, em quatro anos e meio.
Mas o Brasil caminha na contramão dos EUA, pois já no início da noite desta quarta o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu, de maneira unânime, elevar a taxa básica de juros em 0,25%, para 10,75% ao ano.
Esta é a primeira vez que a chamada Selic foi elevada neste terceiro mandado de Luiz Inácio Lula da Silva, um crítico contumaz dos juros elevados. Isso significa que surpreendeu o presidente, mas não o mercado, que já esperava por isso diante dos recentes dados econômicos.
Com esse reajuste, o juro real - descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses - do Brasil foi a 7,33%, segundo levantamento do site MoneyYou. Entre as 40 maiores economias do mundo só a Rússia tem taxa maior, de 9,05%.
Vale lembrar que quando o Copom aumenta a taxa Selic, o objetivo é conter a inflação com redução do consumo e dos investimentos. Por outro lado, quando reduz a Selic ele busca estimular a atividade econômica, aumentando o consumo e os investimentos. (Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central)