Foz do Iguaçu faz história sediando encontro do G20
De 30 de setembro a 4 de outubro, Foz do Iguaçu receberá a reunião ministerial do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, bloco que reúne as 20 maiores economias do planeta, além de convidados. O encontro é organizado pelos Ministérios de Minas e Energia e de Relações Exteriores, com apoio de Itaipu Binacional, que está trazendo o evento para a cidade. Foz é a única cidade não capital a receber uma reunião do grupo.
Para o encontro, são aguardadas mais de mil pessoas do Brasil e de outros países, entre elas várias autoridades. Além das reuniões ministeriais e eventos paralelos, Foz também será sede das reuniões do Clean Energy Ministerial e da Mission Innovation, dois fóruns permanentes de discussão sobre transição energética.
O QUE É O G20
O G20 é o principal fórum de cooperação econômica internacional e desempenha um papel importante na definição e no reforço da arquitetura e da governança mundiais em todas as grandes questões econômicas. Ele conta com presidências rotativas anuais. O Brasil exerce a presidência de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024.
Inicialmente, o G20 concentrava-se principalmente em questões macroeconômicas gerais, mas expandiu sua agenda para incluir temas como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção.
A reunião em Foz do Iguaçu, por exemplo, será focada na questão da transição energética, uma das bandeiras da presidência do Brasil no fórum. A Itaipu Binacional, como uma das referências mundiais no tema, fará parte dos debates deste evento.
O G20 é composto por 19 países (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia) e dois órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia. Os membros do G20 representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população mundial.
Ao todo, durante o ano, mais de 100 reuniões terão sido realizadas em diversas cidades do País. O encerramento desse ciclo de encontros será a reunião da cúpula do G20, que acontecerá em novembro, no Rio de Janeiro, e contará com a presença dos chefes de Estado ou de Governo dos países-membros.
COMO FUNCIONA
O G20 tem uma forma um pouco diferente de organização em relação a outros organismos internacionais tradicionais, sendo dividido em duas faixas paralelas de atuação, mas que conversam entre si: a Trilha de Sherpas e a Trilha de Finanças. Durante a presidência brasileira, as duas trilhas têm se aproximado e trabalhado conjuntamente, algo inédito desde o início das reuniões do G20.
Nas duas trilhas existem grupos de trabalho temáticos que se reúnem regularmente e são formados por representantes dos governos dos países-membros, bem como dos países e organizações internacionais convidados. O Grupo de Transição Energética que se reúne em Foz do Iguaçu, por exemplo, é vinculado à Trilha de Sherpas. (Imagem: Divulgação)