Classe médica lança cruzada contra os cigarros eletrônicos
O CRM-PR (Conselho Regional de Medicina do Paraná) dará início nesta segunda-feira (16) à noite, em Curitiba, a uma ampla mobilização contra o uso dos chamados cigarros eletrônicos, mais conhecidos como vapes e pods. A ideia é que esse movimento se espalhe a ponto de sensibilizar o Congresso Nacional a rejeitar projeto da senadora mato-grossense Soraya Thronicke para regulamentar o consumo no País.
Esses cigarros têm a venda proibida no Brasil desde 2009, mas são encontrados e consumidos em um número cada dia maior de tabacarias, bares e similares, que raramente são fiscalizados.
Além do CRM-PR, outras perto de 80 entidades da área já se manifestaram contra o projeto, dentre elas a AMB (Associação Médica Brasileira) e a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia). Todas entendem que a liberação causará enormes danos à saúde pública.
Durante o ato desta segunda, será feita a entrega de "Moção de Aplausos pela luta contra o cigarro eletrônico" aos deputados estaduais Alexandre Curi, Fábio Oliveira, Tercílio Turini e Márcia Huçulak, além do vereador Tico Kuzma, autor da Lei Antifumo de Curitiba.
DADOS CIENTÍFICOS
O Inca (Instituto Nacional do Câncer) e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) firmaram acordo de cooperação técnica com a finalidade de produzir e divulgar conhecimentos científicos sobre os danos causados pelos cigarros eletrônicos. A ideia é propagar dados científicos concretos para contrapor o marketing da indústria do tabaco.
"A conta chega lá na frente. Por isso temos que agir agora", alerta o diretor-geral do Inca, Roberto Gil, garantindo que "esses dispositivos fazem muito mal". Um grupo permanente de trabalho foi encarregado da produção de dados científicos e também econômicos desse hábito, que tem crescido principal mente junto aos jovens. (Foto: Agência Brasil)