O vento da renovação
J. J. Duran
Está soprando em toda a indo-América o vento da renovação política, ideológica, econômica e cultural, que chega para purificar um cenário envelhecido e carcomido por antigas mazelas que ainda não cicatrizaram na alma dos dissidentes que lutaram para restabelecer, pelo voto, o ideário político-ideológico de cada um.
O cenário político preocupa tanto quanto a insegurança que nos cerca neste tempo de fervura política, quando aparecem as ambições pessoais disfarçadas por confusas mudanças ideológicas e posturas contraditórias, junto ao reaparecimento de velhos quadros partidários que há mais de 20 anos marcaram, de forma positiva ou negativa, sua passagem pelo democrático poder paroquial.
Hoje há uma completa desfiguração ideológica da maioria dos partidos e candidatos. "Nada censurável desde que se aja de cara limpa", como dizia o saudoso Tancredo Neves, mas isso mostra um quadro confuso, no qual, na maioria das vezes, os interesses individuais são colocados acima dos interesses da coletividade.
A maioria do eleitorado segue sem conhecer, em toda sua profundidade, a natureza do esquecimento de seus dramas no tempo pré-eleitoral.
Por isso não se deve votar no personagem, mas sim nas propostas exequíveis e verdadeiras que são apresentadas.
Existem imperiosas necessidades não convertidas em realidade pela propaganda oficial dos últimos anos, quando muito se fez, mas também muito não foi além de promessa de campanha.
Por tudo isso, este é um momento apropriado para relembrarmos do seguinte pensamento de Clinton Brock: "Nada há de mais perigoso que um falso absoluto". (Foto: Reprodução TER-GO)
J. J. Duran é jornalista, membro da Academia Cascavelense de Letras e Cidadão Honorário de Cascavel e do Paraná