Laudo aponta que só um ônibus da caravana de Lula foi atingido
Os tiros de calibre .32 que atingiram um ônibus (e não dois, como afirmara o PT) da caravana do ex-presidente Lula no dia 27 de março, entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, foram frutos de algo planejado, mas sem que se saiba por quem.
Essa é a conclusão principal do laudo apresentado ontem pelo delegado Hélder Laudia, que não trouxe qualquer outra novidade sobre o episódio na medida em que não apontou autoria.
De acordo com Laudia, o atirador se posicionou e esperou a caravana passar para atirar, mas não há como precisar o local exato dos disparos e o motivo.
"Quem fez isso sabia o que estava fazendo. Não podemos dizer que foi algo orquestrado e o que motivou. Mas, a pessoa não estava lá atirando em passarinhos e por acaso acertou o ônibus", afirmou.
O crime continua sendo investigado como "disparo com arma de fogo com dano provocado" e o inquérito policial só deve ser concluído no fim deste mês, ou início do próximo.
De acordo com o perito criminalista Inajar Antonio Kurowski, somente um dos três ônibus periciados foi atingido e por dois disparos - um na lataria e outro em um vidro. Esse mesmo ônibus teve dois pneus furados por "miguelitos".