Câmara de Toledo vai passar a limpo obra do Hospital Regional
O presidente da Câmara, Renato Reimann, aguarda apenas a indicação dos cinco nomes necessários, a ser feita pelos líderes das seis bancadas com assento na Casa, para instaurar de forma oficial a CPI (Comissão Parlamentar de Investigação) encarregada de apurar em detalhes as irregularidades identificadas pela auditoria realizada no Hospital Regional de Toledo.
Os auditores apontaram para um desvio da ordem de R$ 1,632 milhão e isso motivou os vereadores Janice Salvador, Ademar Dorfschmidt, Airton Paula, Antônio Sérgio de Freitas, Albino Corazza, Edmundo Fernandes, Gabriel Baierle, Genivaldo Paes, Leandro Moura, Marcos Zanetti, Marli do Esporte, Pedro Varela, Renato Reimann, Vagner Delabio, Valtencir Careca e Walmor Lodi a proporem a CPI.
Segundo o balanço da auditoria, só na instalação elétrica as irregularidades atingiram um montante de R$ 1.103.130,78 - os R$ 529.512,13 correspondem aos demais serviços estruturais. Ainda sobre as irregularidades da parte elétrica, R$ 484.900,94 teriam sido pagos sem que os serviços tivessem sido executados, e outros R$ 618.229,84 em desconformidade com o projeto.
"Das irregularidades dos demais serviços, R$ 250.510,22 foram pagos mas não foram executados, e R$ 279.001,91 foram pagos mas executados em desconformidade", assinala o documento.
A auditoria também identificou materiais instalados com espessuras e diâmetros diferentes do material pago, e outros com qualidade muito baixa da contratada e paga.
"Todas as lâmpadas instaladas são 127v, e o Hospital opera em tensão 220/380 volts", aponta o relatório, acrescentando que as portas das enfermarias têm dimensão inferior à prevista no projeto e precisam ser refeitas. Para a instalação do aparelho de ar condicionado central nas áreas críticas será necessário quebrar o forro de gesso e refazê-lo posteriormente.
Ainda segundo a auditoria, que será agora encaminhada ao TCE (Tribunal de Contas do Estado), as instalações elétricas ignoraram completamente os projetos, razão pela qual não é possível garantir a segurança de equipamentos e pacientes. (Foto: Jornal do Oeste)