O Supremo torce o nariz
Pelo visto, não passou de conversa mole o clima de paz e amor que parecia ter sido inaugurado na terça-feira desta semana, quando representantes do STF, do Congresso e do Governo estiveram reunidos por mais de três horas para aparar arestas, como mostra a foto em anexo. A aparente pacificação na relação entre os três poderes foi dinamitada logo no dia seguinte e o motivo envolve um personagem da política paranaense.
A escolha do deputado londrinense Filipe Barros como relator da chamada PEC das Decisões Monocráticas, cujo teor poda grandemente os poderes individuais se "suas santidades" do STF, soou como provocação entre os capas pretas da Suprema Corte.
O parlamentar procurou acalmar os ânimos afirmando, pelas redes sociais, que irá tratar da matéria "com a seriedade e a sobriedade que o tema exige", mas de pouco isso adiantou, pois, além de ser o líder da oposição no Congresso - o que, em tese, desagradou também ao Palácio do Planalto -, é personagem central da investigação do STF no inquérito que apura o vazamento de dados sigilosos da Polícia Federal com o objetivo de divulgar uma narrativa fraudulenta sobre o processo eleitoral de dois anos atrás.
Como são todos "anjos", que se entendam! (Foto: Henrique Raynal/Casa Civil)